sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Já pensou se acontecesse?



A última semana gerou discussões calorosas no meio evangélico. O motivo foi a realização do Festival Promessas pela Rede Globo. A maioria das pessoas, claramente, comemorou o fato de a maior emissora do país, conhecida pelo preconceito que sempre teve com os evangélicos, dedicar uma tarde de domingo à exibição de um show realizado no Rio de Janeiro com “grandes nomes” da música gospel nacional. Todos os cantores são contratados da gravadora Som Livre, propriedade da emissora carioca.
O show ocorreu no dia dez (10) de dezembro, quatro dias depois da premiação intitulada Troféu Promessas. E sobre este último que quero me atentar para chegar a uma das razões pelas quais não assisti ao Festival Promessas.
Como todos sabem, o Troféu Promessas tinha como principal proposta “reconhecer o trabalho daqueles que exaltam fielmente o nome de Deus por meio da música”(versão oficial da organização do evento). O problema é que não vejo um bom motivo sequer para que tal premiação seja realizada! Já postei aqui um excelente texto dos meninos do Voltemos ao Evangelho sobre esse tema. Mas, quero compartilhar algo que me ocorreu há alguns dias. Imaginem como seria se um desses cantores fizesse o seguinte pronunciamento ao ser premiado com o troféu:
“Boa noite a todos. Quando eu soube que havia sido indicado para receber esse troféu, alegrei-me bastante e torci para ganhá-lo. Graças a Deus isso acaba de acontecer. Eu desejava ganhar esse troféu em forma de arca da aliança porque somente assim eu teria a oportunidade de subir neste palco para dizer-lhes algumas coisas: nenhum de nós merece prêmio pela ordenança que Deus nos deu. Quando Ele me chamou para entoar hinos para Sua glória, duvido que tivesse como objetivo me fazer estar aqui nesta festa glamorosa, recebendo um troféu de ouro com meu nome escrito nele! Minha música deve evangelizar a partir da sã doutrina! Ele não me chamou para compor canções que incitam à vingança, à vaidade e ao egoísmo. Meus caros amigos, por que não fugimos dos holofotes? Percamos a cara de pau! E deixemos de fingir que participar de concursos sobre disciplinas espirituais, é agradável a Deus! Este troféu que acabo de ganhar, meus caros, será usado para abastecer o campo missionário. Não o quero numa estante! Sabem por quê? Porque não quero alimentar meu ego! Vocês acham que estou exagerando? Então, por que não fazemos concursos para pastores, diáconos ou presbíteros? Ora, se é correto premiar cantores, é também correto premiar essas outras áreas! O problema não é a premiação, meus caros colegas, senão o MOTIVO pelo qual estão nos premiando. Ninguém aqui está recebendo troféu por alguma contribuição social, e sim, pelos seus feitos em prol do Reino!! Isso é ridículo ao extremo.
Gostamos de dizer que a música tem poder evangelizador, mas parece que não lemos a bíblia. Digam-me, em quê passagem está escrito que cantores da casa de Deus devem receber troféus? Digam-me e eu levo este troféu para minha casa e o exponho para mostrar a todos como sou talentoso.
E como eu disse há pouco, gostamos de dizer que a música evangeliza, e eu não duvido disso. Porém, notem as letras que cantamos e ensinamos ao povo de Deus! Se eu digo numa música que quem não me ajudou vai se arrepender logo que me vir no palco, não estou ensinando o Evangelho. Estou distorcendo a mensagem do amor ao próximo, inclusive ao inimigo! Com quê direito dizemos às pessoas que Deus as quer ricas e saudáveis em todo tempo? Com quê direito ensinamos que Deus vive sonhando, quando na verdade o que Ele faz é decretar? Como podemos exigir que Deus restitua o que perdemos? Nossas músicas não ajudam o povo a adorar. Ajudam a despertar um emocionalismo vazio! Vocês não enxergam? Estamos comercializando o que Deus nos deu de graça! Usamos as desculpas mais estapafúrdias para cobrarmos quantias exorbitantes para cantarmos três ou quatro músicas em eventos realizados por igrejas! E o pior, como já disse, essas três ou quatro canções são verdadeiras aberrações teológicas! Gostamos de dizer que cobramos altos cachês porque os custos são altos. Gravar cds e dvds de qualidade custam uma fortuna. Afinal, para Deus deve-se oferecer o melhor! Vocês acham mesmo que Deus está interessado nos super palcos que montamos nos shows gospel que realizamos? Acham que Deus irá nos reprovar se não utilizarmos os mais avançados jogos de luz? Acham que essas coisas resumem o que é oferecer o melhor para Deus?
Nós ainda temos a cara de pau de permitirmos que as pessoas se declarem nossas fãs e até façam fã clubes para nós! Não dizemos nada quando uma pessoa nos vê na rua e age como se fossemos seres de um nível espiritual superior ao dela. Ao invés de exortá-la, nós agimos como isso fosse verdade! Nós deixamos que o povo nos trate como ídolos! Prova disso é o fato de estarmos aqui para recebermos um troféus pelo que devemos fazer como servidão a Deus e à Sua Igreja!
Não, meus caros, eu não sou merecedor deste troféu, porque ele é símbolo de tudo o que acabo de dizer. Ele é símbolo de nossa presunção de nos intitularmos levitas quando não nos cabe esse título!

Eu pergunto-lhes: quê parte do ‘negue-se a si mesmo’ nós não estamos entendendo? Esta premiação é um combustível para nossa vaidade. Para nossa soberba...
Interessante seria se esta noite fosse voltada para arrecadar dinheiro para o campo missionário. Para aqueles homens e mulheres que não ganham troféus e nem querem ganhar. Homens e mulheres que vão aos lugares aonde ninguém quer ir. Eles estão lá pregando o Evangelho da graça, da cruz, do perdão a quem nos fez mal. Não o Evangelho dos sonhos, ou das vitórias, das determinações, dos atos proféticos.
Vocês sabiam que um rabino jamais aceitaria um troféu pela obra que realiza em sua religião? Da mesma forma agiria um sacerdote hindu ou monge tibetano. Até mesmo um médium como Chico Xavier! Ou seja, nem aqueles que chamamos de ímpios aceitariam uma premiação como esta de que estamos sendo alvos.
Chamem-me do que quiserem. Amaldiçoem-me se acharem necessário. Sei que é isso que nossas canções têm ensinado!
Que Deus desperte em nós o sentimento de vergonha! Vergonha por ensinar o povo a ter uma fé voltada para o visível, palpável, pirotécnico. Esquecendo-nos que as Escrituras nos dizem que a fé vem pelo OUVIR e o OUVIR a PALAVRA DE DEUS. Parem de ensinar o povo a buscar experiências visuais para fortalecer sua fé! Parem de cantar: Abra os meus olhos. Dá-me a visão. Eu preciso ver. Eu quero ver...!’ A fé nada tem a ver com visões! Não ensinem o povo a mergulharem em sincretismo!
Um evangelho falso está ensinado e vocês acham que merecemos prêmios por isso!! Voltemos à piedade, à humildade e simplicidade que nos é mostrada nas Escrituras. E quando fizer isso, certamente não nos convidarão para recebermos troféus de ouro. Não nos verão como instrumento de lucro. Nos verão como problemas, incômodos! Já não seremos populares. E quando cantarmos diante de um público, não será um show, mas um momento de culto RACIONAL ao único digno de toda honra, glória e louvor. E já não pensaremos que somos porta-vozes do Céu!”


Será que um dia isso pode vir a acontecer? Ao contrário do que muitos desejam a nós que criticamos o evangelicalismo brasileiro, não, não queremos ver essas pessoas pagando pelo que fazem ao Evangelho. Nem que nos peçam perdão pelas palavras duras e ofensivas que utilizam contra nós, mas queremos que compreendam o Evangelho e um digam algo como esse cantor do texto disse.
Pense nisso!
Que Deus nos ajude!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Sabor de Mel- a novela mexicana dos crentes!





O agir de Deus é lindo
na vida de quem é fiel.
No começo tem provas amargas,
mas no fim tem o sabor do mel.
Eu nunca vi um escolhido sem resposta,
porque em tudo Deus demonstra uma solução.
Até nas cinzas ele clama e Deus atende.
Lhe protege, lhe defende com as Suas
fortes mãos.
Você é um escolhido e tua
história não acaba aqui.
Você pode estar chorando agora,
mas amanhã você irá sorrir.
Deus vai te levantar das cinzas
e do pó.
Deus vai cumprir tudo o que tem
te prometido.
Você vai ver a mão de Deus te exaltar.
Quem te ver há de falar:
- Ele é mesmo o escolhido!

Vão dizer que você nasceu pra vencer.
Que já sabiam porque você tinha
mesmo cara de vencedor.
E que se Deus quer agir, ninguém
pode impedir.
Então você verá cumprir cada
palavra que o Senhor falou.

Pré Refrão

Quem te viu passar na prova e não te ajudou,
quando ver você na bênção vai se arrepender.
Vai estar entre a plateia e você no palco.
Vai olhar e ver Jesus brilhando em você.
Quem sabe no teu pensamento você vai dizer:
-Meu Deus, como vale a pena a gente ser fiel.
Na verdade, minha prova tinha um gosto amargo.
Mas vitória, hoje, tem sabor de mel.

Refrão

Tem sabor de mel.
Tem sabor de mel.
A minha vitória, hoje, tem sabor de mel.
Tem sabor de mel.
Tem sabor de mel.
A minha vitória, hoje, tem sabor de mel.



Antes de qualquer coisa, quero dizer que não estamos perseguindo a Damares (risos). Mas, infelizmente, suas músicas merecem uma atenção da Igreja e, não é a atenção que muitos têm dado.
Há alguns anos eu ainda era muito imaturo na fé. Hoje estou mais maduro, entretanto, graças a Deus, ainda há muito que aprender. Muito mesmo. Porém, acho que dá para compartilhar o que já aprendi através da paixão que desenvolvi pela doutrina reformada. E se há uma coisa que é amplamente defendida pela Reforma é: O homem não tem méritos! Tudo gira em torno de Deus. Tudo é para Deus.
Mas a Igreja falha seriamente nesses pontos- a tal música “Sabor de Mel” era para mim como um canto de guerra. Quando a conheci, meu namoro havia terminado. Bem, vocês sabem como é (risos). “Sabor de Mel” caiu como uma luva para mim, que estava tão tristonho por causa da garota que tinha me deixado. Todavia, algo me incomodava quando escutava essa canção: “Quem te viu passar na prova e não te ajudou, quando ver você na bênção vai se arrepender. Vai estar entre a plateia e você no palco...”. Esse trecho me soava esquisito. – Isso está certo? Pensava eu. E realmente não está! Mas, vamos deixa-lo para depois.
Lecionando para os jovens na EBD, critiquei as músicas que são cantadas atualmente nas igrejas. Citei “Um novo Vencedor”, também da Damares. Houve quem dissesse: “Que coisa. Eu sempre achei essa música muito bonita, mas realmente, prestando atenção na letra, isso não está certo”. Mas houve também quem dissesse: “Ah, para mim a letra de uma música é muito relativa em termos de interpretação. Eu não vejo essa letra como você. Para mim, conta a história de alguém que Deus honrou. Achei o clipe lindo”. Bem, eu tive que concordar com ela sobre a relatividade na interpretação da letra de uma música. Porém, há certas canções que não abrem discussões quanto à intenção de sua mensagem. Ou seja, basta ouvir a música uma vez para fazer a interpretação do seu conteúdo. Por exemplo: Alguém acha que o refrão do clássico hino “Quão grande és Tu” se refere à estatura de Deus? Lembro-me de uma música, feia para caramba, que fez muito sucesso no Brasil no fim dos anos 1990. O refrão dizia: “Mexe a cadeira. Menina, mexe a cadeira”. Eu era uma criança, e pensava que o cara estava mandando a menina mexer uma cadeira em sentido literal. Qualquer pessoa podia ouvir a música e entender que a “cadeira” eram os quadris, e não o objeto para sentar-se. Não há como discutir isso. A mesma coisa acontece com as músicas “Um novo Vencedor” e “Sabor de Mel”! Mas, atentemo-nos à segunda no momento.
Logo no início, a música diz: “No começo tem provas amargas, mas no fim tem o sabor do mel”. Eu fico me perguntando quê “começo” e “fim” são esses? Será que ela está falando da vida na Terra e a eternidade no Céu, respectivamente? O contexto evidencia que não é a isso que se referem os termos destacados. As duas orações a seguir corroboram essa assertiva: “Eu nunca vi um escolhido sem resposta, porque em tudo Deus demonstra uma solução”. Ora, se está falando de “resposta” e “solução”, está claro que o sabor de mel que o crente “vai experimentar”, será na Terra mesmo. Todo o contexto da música concorda com isso.
Se o “começo” não se refere à vida terrena, e o “fim” à vida na eternidade com Deus, a que se referem então? Eu creio sinceramente que se referem a momentos difíceis que o cristão experimenta enquanto vive na Terra. Tendo isso em vista, a canção ensina que, mesmo passando por sérios problemas, chegará o momento em que desfrutaremos da vitória, ou seja, a resolução desses problemas, efetuada por Deus. Porém, não é esse o ponto problemático da música; pelo menos, não o mais grave. O que é completamente antibíblico está a seguir: 1- A música é antropocêntrica; 2- A música incita o crente à vingança; 3- A música deturpa o sentido de amor ao próximo.
“Sabor de Mel”, assim como muitas canções interpretadas atualmente no meio evangélico, é voltada para o HOMEM (ser humano). Deus só aparece como aquele que resolve os problemas das pessoas. Ele vive só para isto: nos ajudar, nos curar, nos abençoar, destruir nossos inimigos, nos dar vitória em todo momento e executar quaisquer outras ordens que Lhe dermos.
Sabem o que isso me lembra? Aqueles enredos dramáticos das novelas mexicanas! Nestas, sempre há uma protagonista pobre, sofredora, que ninguém ajuda; no entanto, acontece algo incrível: ela (sabe Deus como) se torna multimilionária, casa-se com o galã, vive feliz e quem não a ajudou se arrepende ao ver que ela enriqueceu. “Sabor de Mel” tem o mesmo enredo dramático e murmurador! Por isso eu gostava tanto dessa música no passado. Afinal, eu acabara de passar por um momento difícil e, ao invés de dar graças a Deus, como me ensina Sua Palavra (Ef 5, 19-21), murmurei e procurei consolo numa música que não oferece, em momento algum, glória ao Deus Perfeito, Soberano e Justo.
Obviamente, certos problemas são muito difíceis de serem enfrentados. Com certeza não é fácil ter um caso de doença grave na família, morte de alguém muito amado, estar desempregado quando se tem muitas bocas para alimentar, e tantos outros exemplos. No entanto, o Soberano é incrível! Ele nos concede consolo, conforto e, inclusive, alegria, durante esses momentos. Ele nos ensina, de maneira impressionante, a amá-Lo, engrandece-Lo, adorá-Lo quando um ser humano comum reclamaria, murmuraria, se revoltaria com tudo e todos. De quê forma Ele nos ensina isso? Através de Sua Palavra! E esta não corrobora com a letra de “Sabor de Mel”, que transforma certas verdades bíblicas em texto de autoajuda. Trechos como- “Quem te ver há de falar: - Ele é mesmo o escolhido! Vão dizer que você nasceu pra vencer. Que já sabiam, porque você tinha mesmo cara de vencedor”- deixam isso mais do que claro! O conceito de “vencedor” defendido pela música não é, em nenhum aspecto, o conceito de “vencedor” descrito na bíblia. Na Palavra de Deus, a declaração “somos mais que vencedores”, feita pelo apóstolo Paulo em Romanos 8,37, refere-se à salvação do homem. O contexto nos esclarece. Paulo não está falando sobre prosperidade, saúde perfeita ou vitórias terrenas contínuas. Analise os versículos anteriores e posteriores ao verso trinta e sete (37)! Se Paulo está falando de Salvação na passagem descrita, o “vencedor” de “Sabor de Mel” também? Não acredito! Na música, o tal “vencedor” é aquele que passou por momentos difíceis, que ninguém queria ajudar e que agora está no palco. Ou seja, agora está em evidência. Alguns dizem que já sabiam que isso aconteceria com ele, visto que ele tinha cara de vencedor. Outros, porém, como foi dito, não o ajudaram quando passou pela “prova”. Não acreditavam que ele venceria. Agora, estão na plateia, arrependidos, porque poderiam também estar no palco, em evidência, em êxito. E olha que interessante! O cristão é motivado pela música a pensar: “Ahá, agora eu estou no palco. Jesus está brilhando em mim. Eu fui fiel! E eles, que não me ajudaram, se arrependeram!! Hahaha. Ninguém mandou não me ajudar. E olha que eu sempre tive cara de vencedor”.
Esta canção ensina que o crente fiel estará no “palco”- que só pode se referir a sucesso, fama e status. É aquela ideia da barganha. “Se eu orar, jejuar, ir à igreja, dizimar(o mais importante), cantar no coral e outras coisinhas, Deus não terá outra saída, senão me conceder a bênção, a vitória com sabor de mel!” Ou seja, o cristão não deve orar, jejuar, ir à igreja por amor a Deus e para aprender com Ele! O cristão não deve fazer essas coisas ansiando a eternidade com Jesus, mas ansiando a recompensa terrena! Recompensa esta, que alguns não receberão, porque não ajudaram (eu gostaria de saber que ajuda é essa) o crente!
Outra coisa muito estranha nessa música é a ideia de que “devemos ajudar as pessoas para não perdermos a bênção- na terra, é claro”. É bastante semelhante ao conceito de “caridade” das celebridades. Normalmente, os artistas participam de uma série de campanhas com caráter humanitário. Eu pergunto: será que todos eles participam porque se preocupam com a causa defendida? Claro que não! A maioria entra nessa pelo fato de ser benéfico para a carreira. Para alimentar a imagem de boa pessoa. “Sabor de Mel” nos ensina a agir exatamente assim! “Ajude, porque sua imagem com Deus melhora”. Ensina que nossas boas obras funcionam como ação e reação; “eu ajudo meu irmão e Deus me dá a vitória com sabor de mel”! O cristão não pode dar ponto sem nó. Tudo deve visar um benefício.
O Evangelho não ensina essas coisas. O Jesus do Evangelho puro e simples, ora por quem Lhe fez mal. Não pede ao Pai por vingança, mas Lhe pede que perdoe, porque não sabem o que fazem! O Senhor não me ensina a murmurar, a decretar, determinar, ou fazer drama, me ensina que a Graça (favor imerecido) me basta. Graça esta, alcançada unicamente pelo sacrifício de Jesus. Agora, posso ter meus pecados perdoados sem fazer sacrifícios. Agora, não há véu, tabernáculo, sacerdote, que me separe do Santo dos Santos.
Rejeito “Sabor de Mel” como música que agrada a Deus! Esta música agrada aos ouvidos do homem mimado, que vê Deus como Papai Noel ou como roteirista de novela mexicana.
Não tenho nada contra a cantora. Entenda isso! Porém, suas músicas contêm mensagens antropocêntricas. E é função da Igreja cantar sobre Deus, para Deus; ainda que cantemos sobre coisas que Ele fez por nós, como nos salvar.
Músicas como essas são apenas reflexos do evangelho humanista, deturpado e venenoso pregado na maioria das igrejas “evangélicas” do Brasil e do mundo. “Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” 2 Timóteo 4:1-4
Nunca esqueça que o verdadeiro arrependimento produz no ser humano o desejo de se auto anular, a fim de oferecer ao Senhor toda honra e glória!

domingo, 11 de setembro de 2011

Extremo Sacrifício Cristão



Excelente pregação de John Piper

sábado, 10 de setembro de 2011

Uma linda música de adoração ao Senhor

Conferência Regional "Cante as Escrituras"



Será um evento muito precioso que aguardo há dias!
Um evento bíblico sem fins lucrativos. Vivendo e ensinando a humildade e simplicidade do Evangelho!
Obs: Clique no banner para ver melhor.

O Manifesto

O manifesto abaixo foi idealizado pelos meus amados do CANTE AS ESCRITURAS. E o Palavra, Música e Adoração compartilha da mesma ideia, crendo que a música congregacional deve adorar e louvar a Deus e não ao homem.



Olhe para a música gospel brasileira e responda: O que você vê? Não sabemos qual será a tua resposta, mas gostaríamos de expor a nossa.
As músicas atuais são vazias de teologia. Hoje, o que mais vemos são músicas carregadas de humanismo, auto-ajuda, triunfalismo, emocionalismo vazio e tantas outras mazelas. Diante de tal contexto, queremos afirmar três máximas que norteiam o nosso atual protesto pela reforma na música cristã brasileira.

1. AFIRMAMOS QUE A MÚSICA CRISTÃ DEVE ESTAR BASEADA NAS ESCRITURAS;
“A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração” (Cl 3:16).
O texto diz que devemos ensinar uns aos outros através de salmos, hinos e cânticos. Logo, vemos que a música, além de louvar a Deus, serve para edificar aqueles que ouvem a letra. E quando isso acontece? Quando a palavra de Cristo habita em nós de um modo abundante. Se uma teologia bíblica for abundante em nosso meio, a música será um instrumento de edificação; se não, será uma difusora de heresias. Querem saber por que a música, hoje, é tão pouco bíblica? É exatamente porque a Palavra de Deus não é abundante na mente dos cristãos. Que saber por que os momentos de louvor são tão mortos ou cheios de falso fogo? Por que não cantamos as Escrituras: “Meus lábios transbordarão de louvor, pois me ensinas os teus decretos” (Sl 119:171). Se ensinarmos os decretos do Senhor através das canções, os lábios dos cristãos transbordarão de louvor genuíno. “… eu te louvo por causa das tuas justas ordenanças” (Sl 119:164).
Precisamos perceber que os cânticos, salmos e hinos possuem um papel didático, como ocorria com os Salmos no povo de Israel. Comentaristas explicam que eles cantavam constantemente a Palavra sobre Deus, pois temiam que lhes sobreviesse o que Deus disse: “Se vocês se esquecerem de mim, os ferirei” (cf. Dt 6:12-16). É por isso, talvez, que Paulo nos alerta que nos mantenhamos cheios do Espírito “falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração” (Ef 5:19). Logo, esse é nosso apelo aos músicos da Igreja de Deus: Cantem a Bíblia! Que vocês possam dizer como o Salmista: “Os teus preceitos são o tema da minha canção…” (119:54) e “A minha línguas cantará a tua palavra…” (119:172).


2. AFIRMAMOS QUE A MÚSICA CRISTÃ DEVE ESTAR CENTRADA NOS ATRIBUTOS DE DEUS;

Medite nas palavras de I Crônicas 16:29, onde diz: “[...] Adorai ao SENHOR na beleza da sua santidade.” Perceba que esse texto nos manda adorar a Deus por conta de um dos Seus atributos: A Santidade. Veja, não é uma adoração vaga. Não é uma adoração vazia. Não é uma adoração baseada unicamente em emoções. É uma adoração baseada no que eu conheço de Deus. É exatamente isso que deve acontecer. Deus deve ser adorado não por conta de uma voz que nos leva a cantar ou por notas dissonantes que nos comovem, mas por causa dos atributos do nosso Criador e da Sua magnífica obra.
Se estudarmos a palavra “louvor”, nos surpreenderemos ao perceber que ela é um sinônimo da palavra “elogio”. Você não elogia ou louva uma pessoa porque está sentindo algum tipo de êxtase místico, mas por causa dos elogiáveis atributos dela. Percebemos isso se meditarmos no livro de Salmos. Veja quão ricos são tais louvores. Se você analisar com atenção, os atributos de Deus são vívidos naqueles hinos. Além disto, as ordenanças para adorar ao Senhor neste livro se baseiam constantemente em suas obras e atributos.
“Louvai ao SENHOR, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre.” (136:1); “Adorai o SENHOR na beleza da santidade.” (29:2) “Louvai ao SENHOR, porque o SENHOR é bom…” (135:3); “Louvarei o teu nome pela tua benignidade, e pela tua verdade; pois engrandeceste a tua palavra acima de todo o teu nome. [...] Todos os reis da terra te louvarão [...] E cantarão os caminhos do SENHOR; pois grande é a glória do SENHOR.” (138:2,4,5); “Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.” (139:14).

3. LOGO, AFIRMAMOS QUE A MÚSICA CRISTÃ DEVE EXPOR CRISTO;
Se as Escrituras testificam de Cristo (Jo 5:39) e se Cristo é a revelação do Pai (Jo 1:18); a conclusão lógica disto é que a música cristã, ao seguir as duas primeiras condições, naturalmente irá expor Jesus Cristo. Assim, como Cristo deve ser o centro de todas as ações da Igreja (cf. I Co 10:31; Cl 3:17; Rm 14:23b), para que Jesus seja normalmente exposto nas músicas que o povo de Deus canta, as duas primeiras condições precisam ser seguidas. Se a música não for centrada nas Escrituras nem baseada em quem Deus é, ela não irá expor Cristo de um modo suficiente, sendo, assim, um pecado contra Deus.
Nós, do grupo Cante as Escrituras, unanimemente professamos, pregamos e buscamos viver essas verdades. Essa é a mensagem que passamos com nossas manifestações e é o que oramos que a Igreja brasileira viva, para a glória de Deus e a alegria de Seu povo.

No amor de Cristo,
Grupo Cante as Escrituras.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Um novo Vencedor?

Um novo Vencedor Está surgindo aí um novo vencedor. Ele é alguém do coração de Deus. Um novo nome ouvirá sobre essa Terra, Quem sabe, este nome seja o seu... Esse alguém que o Senhor vai levantar, talvez, seja o menor que está aqui. De repente, ele seja o último a sentar à mesa como fez Davi. E esse novo vencedor que vai surgir, tem no peito um coração cheio de amor. Capaz de perdoar quem lhe feriu, e de amar alguém que só lhe desprezou. Ele é exatamente igual você. O seu perfil é de alguém que já sofreu. Deus está anunciando um novo nome. Tem grande chance de esse nome ser o seu! Você se sente tão pequeno em um vale escuro e frio. Seu gemido dói na alma... traz à pele um arrepio... Você se sente tão pequeno, nessa terra de gigante. Aonde o doce fica amargo porque a dor é incessante! Aonde o grande pisa no pequeno, sem olhar se está ferindo ou se está matando. Aonde a escada do sucesso é tão alta que os degraus se sobem escalando. Mas, é nessa terra de gigante, dentro desse vale escuro, que Deus vai fazer você brilhar. Você pode se sentir tão pequeno, mas, teu Deus é grande pra te levantar... Deus vai bradar, anunciar em alta voz pra o universo ouvir. Eis que um novo vencedor está chegando aí. E vai impactar o mundo com a sua história. Ele surgiu do anonimato dentro de um vale escuro e frio. Venceu na terra de gigantes, grandes desafios. Foi provado e aprovado, agora é só vitória... Agora é só vitória(3x)... só vitória. A prova acabou. A luta foi embora. Agora é só vitória...só vitória... Deus vai mesmo levantar um novo vencedor? Estava eu, numa noite de domingo, no culto na igreja a qual faço parte, quando duas garotinhas, de mais ou menos 11 anos, foram à frente cantar um hino. A música era justamente essa que está acima. Enquanto as garotinhas cantavam, a igreja “explodia” em “glórias a Deus”, “aleluias” e afins. No entanto, eu fiquei bastante incomodado. Por duas razões: a música era uma verdadeira palhaçada antibíblica e a igreja parecia não notar! E as pobres garotinhas, vendo as pessoas se empolgarem, cantavam cada vez mais animadas. E vejo com muita tristeza que um problema das igrejas de hoje, especialmente as pentecostais, é se deixar levar por emoções, achando que isso é nada menos que um avivamento. Se analisarmos essa música, vemos claramente a quantidade de absurdos que ela diz. Podemos dizer que o resumo da letra é este: Você sofre, é humilhado, pisado, ferido. Ninguém sabe quem você é. Mas Deus fará uma reviravolta na sua vida. Te fará ‘brilhar’. Todos vão saber quem é você. E seu sucesso será visto por todos. E Deus não deixará que você sofra mais nesta vida. Porque agora você não terá nenhuma perda, nenhuma dor, nenhuma dificuldade. Tudo se resumirá a vitórias! Isso foi apenas uma simples interpretação de texto. Coisa que muitos crentes hoje não fazem. E a maioria não faz porque tem preguiça de pensar um pouco. Agora vem a pergunta: O que está nessa música é verdade? Deus realmente fará essa reviravolta com todos que passam pelas situações citadas na música? Queridões, eu acredito piamente que NÃO! A Palavra de Deus NÃO ensina: 1- que teremos recompensas na Terra. E muito menos que devemos ansiá-las. (Não ajunteis tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. Mat 6; 19-21) 2- Não ensina que devemos ansiar pelo reconhecimento das pessoas. (Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Fp 2; 3). 3- Não ensina que devemos buscar o ‘brilho’. Em quê sentido? Não devemos fazer nada a fim de sermos vistos. 4- E o mais importante: Não ensina que depois de passar por sofrimentos, teremos só vitória nesta Terra! O que a bíblia nos diz sobre o sofrimento terreno? “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente;” 2 Coríntios 4-17. Que fantástico! Veja o que o apóstolo Paulo fala sobre recebermos recompensas. Ele concorda com a letra de “Um novo Vencedor”? O texto por si só nos dá resposta! O que me incomoda muito nessa música e em muitas outras que seguem esse estilo, é o dramatismo, o vitimismo. E o pior de tudo é que músicas assim fazem muito sucesso. São mais aceitas porque são palavras que fazem bem ao ego ferido, à vaidade, ao egoísmo. E talvez alguém diga: “Não há nada de errado se uma pessoa escreve uma música que sirva para trazer um renovo e ânimo para a Igreja”. De fato, não há nada errado nisso(embora eu também não goste de músicas desse tipo. Rsrs). Porém, existe uma grande diferença entre uma mensagem de ânimo e uma mensagem de vanglória para o homem! E por favor, não diga que a canção citada é apenas uma mensagem de renovo e consolo! Me permita perguntar: Deus recebe glória quando você canta “Eis que um novo vencedor está chegando aí. E vai impactar o mundo com a sua história. Ele surgiu do anonimato dentro de um vale escuro e frio. Venceu na terra de gigantes, grandes desafios. Foi provado e aprovado, agora é só vitória...” ? Sinceramente, DEUS RECEBE GLÓRIA?? Há um veneno na Igreja. As pessoas estão enfatizando palavras como vitória, bênção, guerra, batalha, tudo oferecendo glória ao ser humano! E poucos percebem que há algo errado. Não estão dispostas a cantar e viver algo como isto: “Sim, eu amo a mensagem da CRUZ. Até morrer eu a vou proclamar. LEVAREI EU TAMBÉM MINHA CRUZ. Até por uma coroa, trocar.” O autor deste louvor(merece essa nomenclatura) tinha a consciência que o autor de “Um novo Vencedor” parece não ter. Ele estava ciente que o SERVO de Deus está aqui para carregar uma cruz e que sua recompensa será em outro lugar, num outro momento. É ridícula a atitude dos compositores e intérpretes dessas aberrações. Rejeitam totalmente a mensagem da cruz. Rejeitam a verdade de que devemos negar a nós mesmos. Nosso ego, nossa personalidade, nosso sonho de brilhar na “terra de gigantes”. Portanto, contradizendo o que a música diz- “Deus vai fazer você brilhar”- não, Deus não vai fazer você brilhar porque Ele não tem interesse em te ver recebendo glória. Não há nenhuma escada de sucesso a qual você subirá escalando! Não há um novo vencedor. Na verdade, há um único vencedor: Jesus Cristo! Foi Ele que venceu o pecado. Ele que vencerá Satanás. Nós somos pequenos mesmo! Não fomos feitos para ser grandes. Somos falhos! O pastor Tim Conway disse algo, certa vez, que me agradou muito: “Homens não são bons. Não são honrosos. Não são dignos. Não são puros, justos. Homens são maus, perversos, cruéis, sujos...”. Será que temos coragem de dizer o mesmo que Paulo? “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar pecadores, dos quais eu sou o pior”. 1 Timóteo 1.15